logo RCN

Municípios apoiam ações regionalizadas, mas cobram mais participação

Desde o dia 1º de junho, o governo do Estado adotou uma estratégia de regionalização das ações de enfrentamento ao Coronavírus. Com a ação, cada região pode reforçar ou afrouxar medidas restritivas de isolamento social com base na sua realidade. Neste modelo, as deliberações são norteadas por critérios técnicos e científicos, balizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Prefeitos e secretários de Saúde acreditam que governo do Estado precisa reforçar o diálogo para a tomada de decisões

A ideia é defendida pelos municípios, porém a sua execução tem sido alvo de críticas pelos prefeitos. Durante audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa de SC (Alesc) nesta segunda-feira (20), o presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, afirmou que "entre a conversa e a prática há uma distância muito grande".

O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems/SC) e secretário de Saúde de Cunha Porã, Alexandre Fagundes, também defende o modelo de decisões regionalizadas, mas reconheceu que a sua execução está longe do ideal. "A gente entende que toda ideia tem um período de adaptação, mas estamos no pior momento da pandemia e algo precisa ser feito", destacou.

Para os secretários, o governo precisa aprimorar o diálogo com os municípios e prestar o suporte técnico necessário para que as decisões sejam tomadas de forma compartilhada. "As decisões não podem ser tomadas apenas por um ente só, seja Estado ou município. Governo e prefeituras precisam sentar, conversar, entender quais as necessidades cada região, seja o reforço da rede hospitalar ou novas medidas de isolamento social", destacou Fagundes.

Durante a audiência pública, o secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, assumiu que há deficiências na relação Estado-municípios. "Alguns querem mais, alguns querem menos [autonomia nas ações]. Nós precisamos ter um ajuste fino", declarou.

Neste sentido, prefeitos e secretários querem aproveitar a visita do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à Santa Catarina, para aproximar a relação entre as três esferas - municipal, estadual e federal - no que diz respeito ao enfrentamento ao Coronavírus.

Na ocasião, Cosems/SC e Fecam devem entregar um documento com demandas dos municípios ao governo do Estado e ao ministro Pazuello. Segundo Fagundes, as entidades ainda estão acertando os detalhes das solicitações.

"As necessidades no enfrentamento à pandemia variam muito conforme o tempo. Estamos alinhando com todas as regiões quais as principais necessidades dos municípios neste momento", completou.


Governo do Estado amplia medidas de isolamento social para 10 regiões Anterior

Governo do Estado amplia medidas de isolamento social para 10 regiões

Epagri oferece oficina online e gratuita sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) Próximo

Epagri oferece oficina online e gratuita sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC)

Deixe seu comentário