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Descarte incorreto de medicamentos contribui com poluição ambiental

Desde 2010, o Brasil possui a Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de resíduos sólidos. Entre as medidas que ela prevê, existe a logística reversa que responsabiliza os estabelecimentos que fornecem um produto de também o recolher para o descarte correto. E essa prática só funciona quando a responsabilidade é compartilhada e cumprida por cada pessoa envolvida no processo.



 

"O uso irracional de medicamentos, a falta de venda fracionada, a distribuição de amostras grátis por parte dos laboratórios, a automedicação e o abandono do tratamento contribuem de forma significativa para o acúmulo de grande quantidade de medicamentos sem utilidade nos domicílios, que posteriormente podem ser descartados em lugares inadequados", alerta a professora da Unisul, Simony Davet Müller que é doutora em Farmácia.

Desde 2010, o Brasil possui a Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de resíduos sólidos. Entre as medidas que ela prevê, existe a logística reversa que responsabiliza os estabelecimentos que fornecem um produto de também o recolher para o descarte correto. E essa prática só funciona quando a responsabilidade é compartilhada e cumprida por cada pessoa envolvida no processo.

O perigo do descarte incorreto

A farmacêutica Simony destaca que "os medicamentos são classificados como resíduos do grupo B, que englobam substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade".

Ainda de acordo com a profissional, deve-se considerar os riscos que os resíduos medicamentosos causam ao meio ambiente. "Os perigos são, em primeiro lugar, o grau de toxidade e, em segundo, a sua concentração nos ecossistemas, que está relacionado com o tempo de permanência do resíduo no ambiente devido à sua resistência à degradação química e biológica associada aos processos naturais", descreve Simony.

Onde descartar?

Os locais considerados adequados para realizar a entrega ou destinação de medicamentos não utilizados ou vencidos são: redes de farmácias, postos de saúde, hospitais e supermercados que tenham convênios com empresas que realizam a coleta dos resíduos sólidos de saúde, dando a eles o tratamento e disposição final ambientalmente adequada. E essas medidas evitam que esses resíduos sejam jogados no lixo comum, rede esgoto ou poluam o meio ambiente.

O que você pode fazer

Simony finaliza explicando que o uso racional de medicamentos e o descarte adequado não é uma atitude isolada e sim uma ação conjunta. "Ela deverá ser exercida com a participação de Governo, pacientes, cuidadores, familiares, profissionais de saúde, legisladores, formuladores de políticas públicas, indústrias e comércio; cada um exercendo adequadamente as funções de sua competência no processo global", acrescenta. Então, cabe a cada um fazer a sua parte consumindo e desperdiçando menos medicamentos, descartando, quando necessário, de maneira correta.

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