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Sua Vida, Nossa História - Dona Dalva e Natalicio

A equipe de jornalismo do Jornal Gazeta do Vale foi até a casa do senhor Natalício e dona Dalva para bater um papo e conhecer mais sobre a história do Arroio do Silva.

Seu Natalício hoje com 82 anos e Dona Dalva com 77, contam que quando jovens viviam uma vida bem simples, tudo muito primitivo. Não havia água encanada então faziam um buraco no chão de aproximadamente um metro, de onde vertia a agua que usufruíam.
Os moradores da localidade na época eram poucos, mas todos muito amigos e próximos.
Dona Dalva conta a história de um morador chamado Martinho, disse que vivia bem primitivo como índio, que era muito prestativo, sempre que alguém precisava de ajuda chamava ele. Cortava lenha, trazia um saco de 60 kg de farinha, nas costas, desde a Lagoa da Serra que dista uns 5km do centro do Arroio.
Quando alguém se afogava no mar era ele que entrava na água para salvar. Certa vez salvou da morte um conhecido morador do Arroio.
Dona Dalva lembra que por volta de 1940, o exército esteve no Arroio do Silva. Ela não lembra bem o motivo, mas, pela proximidade com a divisa do estado Rio Grande do Sul, acamparam aqui.  Foram tempos difíceis, faltava mercadorias, não podiam acender lamparinas à noite, faltou sal então ferviam a agua do mar para extrair o sal.
As casas eram todas de madeira construídas sobre palafitas, para evitar que o mar entrasse nas casas nas subidas de maré. Os moradores se concentravam em volta do riacho, que desembocava no mar. As roupas eram lavadas neste riacho, a agua era muito limpa, com vegetação e tinha peixe que podia ser consumido.
No mar havia abundância de peixe, mariscos, maçambeques que os moradores se deliciavam e também era fonte de renda. Os moradores pescavam de tarrafa.
 Havia dois hotéis o hotel Globo e hotel Siri que mais tarde foi adquirido pelo senhor Leonardeli e recebeu o nome de hotel Paulista. Os hotéis recebiam uma grande ocupação pois os ônibus que iam para Porto Alegre seguiam pela beira da praia e o Arroio era um paradouro.
Seu Natalício e dona Dalva completaram 62 anos de casados, ele era construtor e já contribuiu com a construção de 320 casas em Arroio do Silva. Foi ele que construiu a primeira casa de alvenaria na cidade, com muita dificuldade pois o material era todo adquirido em Araranguá.
Enquanto seu Natalício construía casas dona Dalva cuidava de um mercadinho de propriedade da família, depois de um tempo colocaram uma sorveteria. Foram os primeiros a vender os sorvetes Kibon.  
Enfim, muitas lembranças, muitas histórias que vão contando o passado do nosso querido Balneário Arroio do Silva.
Convido à todos para que acessem a página no facebook do jornal Gazeta do Vale para ver a entrevista completa. https://www.facebook.com/jornalgazeta.doarroio/


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