Santa Catarina realiza terceiro transplante de coração do ano
Uma complexa operação envolvendo dezenas de profissionais de saúde e o uso de um helicóptero terminou de maneira bem sucedida nesta quarta-feira, 25, em Santa Catarina. Após a morte encefálica de um homem em Florianópolis, poucas horas depois o coração dele já estava batendo no peito de outro paciente, que aguardava a quase 200 quilômetros de distância, no interior do estado. O trabalho foi coordenado pela SC Transplantes, órgão do Governo do Estado que completa 23 anos de criação em 2022.
Uma complexa operação envolvendo dezenas de profissionais de saúde e o uso de um helicóptero terminou de maneira bem sucedida nesta quarta-feira, 25, em Santa Catarina. Após a morte encefálica de um homem em Florianópolis, poucas horas depois o coração dele já estava batendo no peito de outro paciente, que aguardava a quase 200 quilômetros de distância, no interior do estado. O trabalho foi coordenado pela SC Transplantes, órgão do Governo do Estado que completa 23 anos de criação em 2022.
Conforme explica o coordenador da SC Transplantes, o médico Joel de Andrade, o tempo é um fator essencial nesse tipo de operação. Entre o momento que o coração deixa de bater no doador e o instante que ela passa a funcionar no corpo do receptor, não pode se passar mais do que quatro a seis horas. Por conta disso, o helicóptero também usado pelo governador foi acionado para fazer o transporte entre a Capital e um hospital no interior.
"A agilidade no transporte de equipes e órgãos é essencial para o desempenho do setor de transplantes. Isso é ainda mais marcante nos transplantes de coração e pulmão. Quanto menor o tempo de isquemia (sem circulação de sangue), melhor. Por isso, o transporte por aeronave é fundamental. Nós temos técnicas médicas consolidadas que dependem dessa agilidade. Santa Catarina tem oferecido esse apoio ao sistema estadual de saúde", afirma Andrade.
O transplante de coração é mais raro em comparação com outros órgãos, como rins e córnea. Em 2022, esta foi apenas a terceira operação do tipo. Em 2021 e 2020, foram somente quatro transplantes em cada um dos anos.
O médico Frederico Di Giovani foi o responsável pela extração do coração do doador e também pela operação de implante, em outra cidade. Ele foi também o responsável por acompanhar o transporte do órgão dentro do helicóptero. Ele fala que a disponibilização, por parte do Governo do Estado, de aviões e helicópteros é de suma importância para este tipo de trabalho.
A enfermeira Izabelle de Freiras Ferreira participou do processo de extração dos órgãos do doador em Florianópolis nesta quarta-feira. Além do coração, também foram aproveitados rins, fígados e córneas. Ela conta que, nos últimos anos, tem havido uma maior aceitação por parte dos familiares na doação de órgãos, como resultado dos treinamentos oferecidos pelo Governo aos profissionais de saúde.
Para Joel Andrade, da SC Transplantes, um dos fatores que levaram Santa Catarina a se destacar nacionalmente foi a qualificação dos seus profissionais de saúde, que trabalham de maneira altamente especializada. Dos últimos 17 anos, Santa Catarina ocupou por 13 vezes a liderança nacional na taxa de doação de órgãos. Nos outros quatro anos, ficou na segunda colocação.
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