Painéis da Expomais evidenciam empresas da região
Ao longo do evento foram apresentados cases locais relacionados aos eixos centrais de debate: marketing, administração, inovação e sinergia
Além de promover reflexões em torno dos eixos centrais - Marketing, Administração, Inovação e Sinergia - a quinta edição da Expomais evidenciou as experiências e práticas de empresas da região. Cases locais foram apresentados nos painéis realizados ao longo do evento, que ocorreu no formato presencial entre terça e quinta-feira, 26 a 28 de outubro, na sede da Associação Empresarial de Criciúma.
Convidado para o painel "Transformação nas organizações", mediado pela professora Paulette Melo, o cirurgião Leandro Avany Nunes abordou as mudanças pelas quais passou a Unimed Criciúma, cooperativa presidida por ele. Entre elas, a aquisição do Hospital São João Batista e do Laboratório Búrigo.
"A transformação inicia com a necessidade dos clientes. A partir desse sentimento é que ocorrem as mudanças, para atender à demanda e continuar competitivo no mercado. A nossa missão é levar saúde suplementar de qualidade a mais pessoas, por um preço mais acessível. Entendendo o nosso propósito, fica mais fácil transformar", considera o gestor do grupo econômico que concentra 80 mil clientes, 460 médicos cooperados e 1.330 funcionários.
Gestão focada nas pessoas
Tendo como mediador o pesquisador Dado Schneider, o painel "As mudanças do ambiente de trabalho" trouxe o relato de André Marchioro, idealizador e cofundador da Ema Software.
O empresário contou como partiu de uma situação de estresse na vida profissional para a criação de um novo negócio, baseado na inovação. "Criei um negócio para ser feliz e fazer as pessoas felizes. A empresa de tecnologia nasceu em 2005 e entre 2016 e 2017 passou por uma reformulação, oferecendo muito mais do que software", enfatiza.
A psicóloga Sabrina Pacheco Galdino, gerente de Gestão de Pessoas do Sicredi Sul SC, explanou sobre o treinamento da equipe para proporcionar uma nova experiência para os associados, foco da instituição financeira cooperativa.
"Qualquer banco vai oferecer os nossos produtos, as nossas soluções, mas o que difere é a forma como ocorre essa entrega, o que agregamos de valor. Estamos num período de transição, que exige novos comportamentos e competências, e as pessoas estão no centro da estratégia. A tecnologia não funciona sem que as pessoas sejam efetivamente agentes de mudança", considera.
Resiliência e oportunidades
Com a participação do executivo de negócios Romeo Busarello, o painel "Liderança em ambientes de gestão de crise" mostrou como os períodos de dificuldades podem se transformar em oportunidades.
"O setor carbonífero passou por diversas crises, mas se manteve vivo, com resiliência e decisões tomadas no momento certo. Hoje, estamos apostando na reinvenção do setor, com novos produtos, novas atividades. Vamos virar empresas de energia e não mais apenas carboníferas. Uma série de desafios está começando", declarou o engenheiro de minas Cleber José Baldoni Gomes, diretor administrativo e financeiro da Carbonífera Metropolitana.
Para Gilberto Francisco Hobold, conhecido por Franke Hobold, presidente da Plasson do Brasil, a pandemia de coronavírus foi a pior crise vivenciada pelo setor empresarial. "As empresas podem sair da crise machucadas ou mais fortes. O que vai determinar é a união, a dedicação do time e dos gestores. Toda crise é uma oportunidade de aprendizado", entende.
No caso da Plasson do Brasil, a empresa cresceu, buscou novos mercados e conseguiu um aumento de 52% na receita no primeiro ano da pandemia e este ano o incremento deve ficar novamente na casa de 50%. "Decidimos pôr o pé no acelerador, enquanto alguns concorrentes decidiram recuar", comenta.
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