FIESC debate empregabilidade na ExpoFemi 2022
Representante de indústrias, de sindicatos patronais e da Federação participaram de uma conversa no estande da instituição
Empregabilidade, desafios da falta de mão de obra e a importância de uma formação de qualidade foram temas debatidos nesta semana, durante uma conversa entre representantes da indústria, de sindicatos patronais, da FIESC, do SESI e do SENAI sobre o atual cenário do mercado de trabalho e suas oportunidades. O evento, promovido pela Vice-Presidência Regional Oeste da Federação das Indústrias de Santa Catarina ocorreu no estande da entidade na ExpoFemi 2022, com transmissão on-line. O bate-papo pode ser acessado no Facebook do site Ronda Policial.
A remuneração média na indústria em Xanxerê é de R$ 2.468,20. O número de empregados na indústria do município é de 4.434 pessoas e o saldo de empregos gerados na indústria entre janeiro e março deste ano é de 342 vagas. "Isso representa 56,7% dos empregos gerados no município nesse período. O saldo total foi de 603 vagas. Xanxerê é o segundo município que mais gerou empregos entre os municípios que integram a Vice-Presidência Regional Oeste da FIESC neste ano", frisou o gerente executivo do SENAI, SESI e IEL na regional Oeste, Jardel Carminatti.
O diretor da FIESC, Alceu Lorenzon, apresentou alguns dados da plataforma Xanxerê Mais Empregos, lançada em 2021. O site possui mais de 40 empresas cadastradas, quase 200 oportunidades de emprego e mais de 140 currículos cadastrados. A plataforma é resultado de convênio entre a FIESC, no âmbito do Movimento Santa Catarina pela Educação, e a Prefeitura do município. A iniciativa busca conectar pessoas que procuram oportunidades de emprego com empresas que disponibilizam vagas, além de ofertar cursos totalmente gratuitos, 100% on-line e com certificação. O endereço é https://xanxeremaisempregos.santacatarinapelaeducacao.com.br/.
O prefeito de Xanxerê, Oscar Martarello, realçou que em 2021 a economia do município cresceu 28%, acima do crescimento estadual que foi de 6,4% e nacional, de 4,6%. "Xanxerê tem um diferencial. O que precisa é fortalecer a união entre iniciativa privada, poder público e instituições de ensino para qualificar os jovens e os trabalhadores que já estão no mercado".
Para a presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Xanxerê (Simmex), Renata Carvalho Seraglio, é preciso desmistificar alguns aspectos em relação ao trabalho na indústria. "O mercado mudou. O trabalho atualmente é muito diferente do que se fazia no passado. Tem muita tecnologia e as pessoas precisam estar preparadas muito mais para operar máquinas do que para um trabalho braçal", comentou, ao acrescentar que no setor metalmecânico, por exemplo, sempre tem vagas abertas e que uma maneira de buscar qualificação profissional é nos cursos ofertados pelo SENAI.
Escolaridade
Segundo o Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) 2020, a indústria catarinense estava com 804.362 trabalhadores, sendo que desse total 192.959 não tinham educação básica completa, representando 23,9%. Na regional Oeste o total de trabalhadores da indústria é 82.530 e desses 27.197 não possuem a escolaridade básica completa, representando um percentual de 32,9%. "A escolaridade é um dos fatores que impacta diretamente em diversos indicadores, como os de produtividade e inovação", ressaltou Carminatti. Por isso, é fundamental pensar em estratégias para inserir no mercado trabalhadores que estejam preparados para atuar com tecnologias que são cada vez mais disruptivas.
De acordo com Lorenzon, é importante mostrar as oportunidades para os jovens, além de treinar e reter talentos nas empresas. Entre as opções, há os cursos de qualificação no SENAI. A entidade está presente em Xanxerê há 29 anos e já ultrapassou a marca de 40 mil matrículas nesse período. Os cursos na área de educação podem ser conferidos no estande da FIESC na Femi e estão com descontos promocionais exclusivos para o período da feira.
Outra possibilidade é investir em jovens aprendizes. O SENAI também oferece cursos de aprendizagem industrial e faz encaminhamentos ao mercado de trabalho. "Porém, é preciso respeitar a legislação. Esses jovens não podem, por exemplo, trabalhar em locais insalubres e, neste ano, o Ministério do Trabalho está mais rigoroso na fiscalização", observou o coordenador de Educação Profissional do SENAI da Região Oeste e Extremo Oeste, Willi Robert Sobotka. São mais de 100 turmas de aprendizagem na região com aproximadamente 2 mil alunos.
EXPOFEMI
A FIESC participa da ExpoFemi - Festa Estadual do Milho, que segue até este domingo (8), com um estande que apresenta serviços, tecnologias e produtos. Os visitantes podem conferir projetos como a impressora 3D, o scanner e o simulador medidor de energia; a plataforma Xanxerê Mais Empregos; a campanha SC Não Pode Parar e o robô SEBIT, com demonstração através de comando de voz. A FIESC também apresenta iniciativas que possui em saúde e bem-estar. Outro atrativo é uma balança, na qual os visitantes podem conferir peso, altura, pressão arterial, batimento cardíaco, índice de massa e de gordura corporal (IMC e IGC).
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