É preciso discutir a relação com o consumidor
Neste momento em que a Covid-19 acelerou todas as tendências e hábitos de consumo que já vinham experimentando grande transformação no Brasil e no mundo, torna-se fundamental conhecer melhor os clientes e consumidores. Na maioria dos casos, os gestores de marketing percebem que as empresas agora estão interagindo com anseios, expectativas, emoções e exigências muito diferentes do que há alguns anos e mais ainda na comparação com o período imediatamente anterior à pandemia.
Neste momento em que a Covid-19 acelerou todas as tendências e hábitos de consumo que já vinham experimentando grande transformação no Brasil e no mundo, torna-se fundamental conhecer melhor os clientes e consumidores. Na maioria dos casos, os gestores de marketing percebem que as empresas agora estão interagindo com anseios, expectativas, emoções e exigências muito diferentes do que há alguns anos e mais ainda na comparação com o período imediatamente anterior à pandemia.
Não é surpresa que os consumidores estão optando cada vez mais por produtos e serviços cujos fornecedores ou fabricantes consigam demonstrar, com transparência, a produção ancorada no trabalho digno, em boas práticas ambientais e com foco na saúde e bem-estar dos usuários. Cabe ao marketing, portanto, agregar essas informações a todos os canais de interação com a sociedade e, principalmente, com o público direto.
É preciso entender com clareza que não basta mais informar sobre os benefícios do produto ou serviço, vantagens em relação à concorrência, preços e promoções. As pessoas querem saber mais sobre tudo o que compram e, justamente por essa razão, o marketing de conteúdo torna-se cada vez mais relevante. Essa modalidade possibilita, por exemplo, relatos precisos e eficazes sobre a produção, origem das matérias-primas, políticas de recursos humanos e exercício da responsabilidade social e ambiental.
Por outro lado, é imprescindível conhecer melhor o "novo" consumidor, compreender como ele pensa e age. Para isso, há todas as contemporâneas e conhecidas ferramentas da tecnologia voltadas à coleta de informações. Um fato importante: independentemente da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), deve-se buscar sempre perguntar diretamente ao público sobre preferências, tendências, gostos e anseios. Além de ser mais precisa e eficiente do que simplesmente comprar mailings e pesquisas, essa relação direta estabelece bons vínculos de confiança e empatia.
A tecnologia favorece as pesquisas, a veiculação de ofertas e promoções, dados e informações, o e-commerce, o delivery e todas as facilidades a que temos assistido nas relações de consumo. Entretanto, sua mais preciosa colaboração ao marketing é o que pode fazer para que empresas e consumidores discutam a relação neste mundo efervescente. Utilizando de modo assertivo os múltiplos recursos hoje disponíveis, as organizações (re)descobrirão o cidadão, suscetibilidades, sonhos e convicções que habitam cada pessoa que compra ou tem potencial apara adquirir produtos e serviços. E, tenham certeza, será um prazer conhecê-los!
Beth Fontanelli é sócia-diretora de Marketing e Comunicação da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Sobre a KPMG
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