DNIT monitora organismos bioindicadores nas obras da BR-285/RS
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) realizou, em setembro, a 5ª campanha do Programa de Monitoramento de Fauna - Bioindicadores no Lote 1 das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) realizou, em setembro, a 5ª campanha do Programa de Monitoramento de Fauna - Bioindicadores no Lote 1 das obras de implantação e pavimentação
da BR-285/RS/SC. Desta vez foi analisada a totalidade dos 23 pontos indicados no licenciamento ambiental da rodovia, uma vez que a terraplenagem avança em ritmo mais acelerado no segmento de São José dos
Ausentes (RS).
Nesta região encontram-se a nascente do rio das Antas, da drenagem do rio Jacuí, e as cabeceiras do rio Pelotas, um dos principais formadores do rio Uruguai. Por meio do monitoramento de macroinvertebrados
bentônicos, a equipe de Gestão Ambiental busca identificar possíveis impactos negativos do empreendimento sobre a área de influência. Estes organismos habitam o fundo de rios, lagos e demais corpos d’água,
aderidos a pedras e folhas ou enterrados no sedimento. Embora pequenos, são visíveis a olho nu. A sensibilidade e/ou tolerância específica de cada grupo, que inclui insetos, anelídeos, crustáceos e moluscos, são aspectos que ajudam a determinar a qualidade do ambiente amostrado.
Após a coleta em campo, são efetuadas as etapas de triagem e identificação das espécies e, posteriormente, as estatísticas em laboratório. Os resultados são complementados pela checagem de determinados parâmetros da qualidade da água, como turbidez, oxigênio dissolvido e temperatura. Os potenciais impactos aos bentônicos associados às obras na rodovia estão relacionados à movimentação de solos e à remoção da vegetação. Além da terraplenagem, ao longo do mês de setembro foi dada sequência na construção da ponte (com função de passagem de fauna) no km 49 e do bueiro celular do km 47,4.
A campanha foi antecedida de altos volumes de chuva, decorrentes do El Niño, influenciando negativamente na manutenção dos organismos. Além disso, os resultados revelaram características ecológicas dos Campos de
Cima da Serra que podem ser utilizadas para subsidiar estratégias de conservação e mitigação de impactos ambientais relacionados às obras nessa região.
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