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ALI Rural facilitará inovação nas pequenas propriedades catarinenses

A produção de mel, vinho, uva, banana, palmito, morango, maracujá, pitaia, flor, ostra, mexilhões, ovino e caprino são algumas das atividades produtivas atendidas pelos Agentes Locais de Inovação Rural (ALI Rural). Os nove profissionais que atuam em todas as regiões do Estado participaram de capacitação, nesta semana, durante a 23ª edição do Itaipu Rural Show, no Centro de Difusão de Tecnologias da Cooperitaipu, em Pinhalzinho, no oeste catarinense.

A produção de mel, vinho, uva, banana, palmito, morango, maracujá, pitaia, flor, ostra, mexilhões, ovino e caprino são algumas das atividades produtivas atendidas pelos Agentes Locais de Inovação Rural (ALI Rural). Os nove profissionais que atuam em todas as regiões do Estado participaram de capacitação, nesta semana, durante a 23ª edição do Itaipu Rural Show, no Centro de Difusão de Tecnologias da Cooperitaipu, em Pinhalzinho, no oeste catarinense.

O Programa Agentes Locais de Inovação tem como objetivo auxiliar na implementação de práticas inovadoras, identificar os estágios de inovação, além de promover melhorias rápidas e de alto impacto dentro das empresas. A iniciativa é gratuita, cada ALI Rural atenderá 15 propriedades, com uma metodologia focada em tornar os negócios mais competitivos.

A metodologia, segundo o gestor estadual do Programa ALI Denilson Coelho, é diferente do trabalho já realizado com as microempresas da área urbana. "No ALI urbano o acompanhamento ocorre pelo período de quatro meses, enquanto que as empresas rurais receberão oito meses de atendimento. As inovações serão sugeridas a partir do diagnóstico de problemas nos processos internos e adaptadas à realidade do campo", explicou.

Esse projeto-piloto foi desenvolvido pelo Sebrae Nacional e está sendo implantado neste ano em alguns Estados da Federação. "Avaliaremos a aplicação dessa metodologia nas propriedades rurais e nas empresas ligadas a produção do campo. Posteriormente, ampliaremos o número de agentes e pretendemos chegar a 80 no fim de 2022", antecipou o gestor estadual.

A intenção do Sebrae/SC, de acordo com Denilson, é atuar em parceria com outras entidades que já trabalham com o setor a exemplo das cooperativas catarinenses, Epagri e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC). "Complementaremos as atividades utilizando a expertise vinculada ao setor produtivo urbano para agregar valor ao produto e preparar os elos produtivos para atender mercados exigentes, mas que remuneram melhor. Percebemos que o ALI sozinho pode fazer uma ação positiva, mas associado a um programa os resultados melhoram. Por isso, consideramos que essa oportunidade é singular" expôs.

Para o diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro, a principal reflexão que deve ser feita pelo ALI Rural no atendimento do empreendedor é sobre os procedimentos que ele tentou implementar em sua atividade, pois na elaboração do diagnóstico observará gargalos nos procedimentos, o que não significa que o produtor não tentou resolvê-los. "Vocês trazem a inovação que somada com a experiência do produtor formarão os resultados", argumentou. Para o diretor técnico a atuação do ALI Rural oportuniza o acesso a várias soluções disponíveis pelo Sebrae/SC.

CASE NA BOVINOCULTURA DE LEITE

A família da empresária rural Fernanda Wickert atua há mais de 30 anos na bovinocultura leiteira e é cooperada da Cooperitaipu. A propriedade de 21,2 hectares está localizada na Linha Tigre, no município de Saudades. Com 116 animais a empresa rural produziu 600 mil litros de leite em 2021, com uma média de 8.500 litros por vaca. O sistema escolhido foi de confinamento (compost barn) para produzir leite com qualidade e de maneira sustentável, visando o bem-estar animal e humano.

Entre as medidas implementadas na empresa rural estão a proatividade; definição de objetivos e estratégias; elaboração do mapa estratégico com as perspectivas em relação a finanças, clientes, fornecedores e equipe de trabalho; definição de metas de curto, médio e logo prazo e ao fim do ano são analisados os resultados.

Todos os processos são identificados para que todos saibam fazer. O De Olho foi implantado e é mantido, não recebem visitas sem agendamento, fazem a coleta segura (agulhas, seringas, medicamentos veterinários e luvas), a destinação correta do lixo reciclável e a devolução de agrotóxicos. Na área ambiental prezam pela destinação correta dos dejetos, tem aquecedor solar para ordenha, energia solar e cisterna.

Os empreendedores investem em cursos, treinamentos e controle gerencial, além de realizar acompanhamento reprodutivo animal, prevenção de doenças e dieta alimentar mensal. Na propriedade também é produzida a silagem e o feno pré-secado para alimentação dos animais. A propriedade é certificada de livre de Brucelose e Tuberculose e está integrada ao programa Propriedade Rural Sustentável Aurora.

De acordo com Fernanda, o trabalho com as novilhas compreende acompanhamento de crescimento, dieta alimentar e inseminação artificial. Duas vezes ao ano é realizado o acasalamento de todas as novilhas aptas. "O plantel de bezerras é o que temos de mais importante na propriedade, por isso mantemos o zelo em sanidade, nutrição, limpeza e acompanhamento para garantir aos animais dessa fase um desenvolvimento saudável", explicou. Entre as ações estão a cura do umbigo e a colostragem de qualidade nas primeiras horas de vida, o que tem resultado em 650 a 800 gramas de ganho de peso por dia.

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