Deputados condenam agressão à Ucrânia e vão ao Executivo contra estiagem
Deputados de vários partidos condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia e anunciaram reunião com o governador, na tarde desta quarta-feira (2), para tratar de ações para mitigar os efeitos da estiagem que solapa a economia do Oeste e do Planalto durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa.
Deputados de vários partidos condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia e anunciaram reunião com o governador, na tarde desta quarta-feira (2), para tratar de ações para mitigar os efeitos da estiagem que solapa a economia do Oeste e do Planalto durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa.
"Teremos uma audiência hoje, às 17 horas, para tratar da estiagem que assola o Oeste e boa parte de Santa Catarina", revelou Fabiano da Luz (PT). Na pauta, aumento de recursos para o Programa Reconstrói, que empresta R$ 10 mil, com 50% de desconto no caso de pagamento em dia.
"Mais de 5 mil se inscreveram e não conseguiram esse recurso", informou o parlamentar.
Fabiano também destacou os programas de empréstimos para agricultores atingidos de R$ 150 mil e R$ 100 mil, mas que têm baixa procura.
"O cabra tem de penhorar a terra, o carro, a mulher, os filhos e, se tiver cachorro, vai o cachorro também", ironizou o ex-prefeito de Pinhalzinho, acrescentando que os sindicatos estão preocupados com os dados daqueles que têm dificuldades para comprovar prejuízos.
Maurício Eskudlark concordou com Fabiano e lamentou as dificuldades no trânsito de informações internas na Epagri.
"Na última reunião, Vossa excelência estava presente, foi tocado no atendimento dos recursos para os agricultores e, segundo o secretário Altair, as informações foram passadas de forma igual para todo mundo, mas em alguns lugares o atendimento é rápido, cortês, e em outros dizem que não receberam informações e que não sabem o que está acontecendo", avaliou.
Milton Hobus (PSD), apesar de não pertencer à bancada do Oeste e de, portanto, não participar da reunião de trabalho com o Chefe do Poder Executivo, fez sugestões sobre caminhos para minimizar os efeitos.
"Em 2014 o estado recebeu informações de longo prazo que mostravam claramente que o Sul do Brasil viveria tempos muito difíceis, com diminuição do volume de chuvas. Contratamos um estudo do que poderia ser feito em toda a bacia hidrográfica do Oeste e da Serra. Está tudo na Defesa Civil, lá tem indicativos de ações que podem ser feitas para prevenir a estiagem continuada", lembrou Hobus, que na época era secretário de Defesa Civil.
"Em abril e maio não terá chuva, vamos estar vivendo continuamente, não dá para ficar pensando só em ação emergencial", alertou Hobus.
Por outro lado, Eskudlark, Hobus e Bruno Souza (Novo) criticaram a invasão da Ucrânia pela Rússia e se solidarizaram com os descendentes de ucranianos que vivem e trabalham em Santa Catarina.
"Sentimento de tristeza com o que está acontecendo na Ucrânia, a nossa solidariedade ao povo da Ucrânia. Sou de Canoinhas, no Planalto Norte, onde a colonização ucraniana é muito grande. A gente vê a marca pelas construções estilo ucraniano, igrejas com abóbadas arredondadas, um povo bom, tranquilo, trabalhador e que infelizmente está passando por essa invasão russa", discursou Eskudlark.
"Arbitrariedade de um ditador que está há mais de 20 anos no poder, agredindo uma nação indefesa, estamos vendo crimes contra a humanidade. A gasolina vai ficar mais cara, tudo ficará mais caro por conta de uma guerra estúpida. Quero me solidarizar com Santa Terezinha, cidade com mais imigrantes ucranianos no nosso Alto Vale, estão certamente aflitos e chocados como nós estamos", declarou Hobus.
"São mais de 600 mil descendentes no Brasil, a maior parte no Paraná, mas nosso estado foi o segundo principal destino. Temos, sim, de demonstrar nossa solidariedade a esses descendentes de ucranianos que hoje são catarinenses, é um crime que está sendo perpetrado por um ditador sanguinário, um tirano", destacou Bruno Souza.
Cláudio Roberto Tancredo
Eskudlark lamentou a morte do policial civil Cláudio Roberto Tancredo, de Lauro Muller, que trabalhava em Balneário Camboriú.
"Cláudio Roberto Tancredo, 62, trabalhou em Criciúma, era natural de Lauro Muller, mas atualmente trabalhava em Balneário Camboriú, uma pessoa tranquila, do bem, era daqueles que atendia com alegria. Estava com depressão, mas continuava atendendo com alegria. Infelizmente na madrugada de ontem veio a falecer, nossa solidariedade à família".
Deixe seu comentário